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A origem da Quaresma

  • anacarolineebp
  • 18 de jun. de 2022
  • 2 min de leitura

Entenda mais sobre este período do ano litúrgico que antecede a Páscoa cristã



Em pleno século XXI, já é de conhecimento da maioria dos religiosos, praticantes ou não, o significado comum da Quaresma, que é comemorada desde o século IV: um período de quarenta dias reservados a jejuns, orações e penitências, tendo início no dia após a terça de carnaval, conhecido como “Quarta-feira de Cinzas” (17 de fevereiro), e se estendendo até a data que antecede o Domingo de Páscoa (3 de abril).

A palavra Quaresma provém de “Quadragesimae” que, em Latim, significa simplesmente “quarenta dias”. Um fato curioso de se saber é que este número não se refere apenas ao tempo de duração do período reflexivo que estamos vivendo, mas também a diversos acontecimentos marcantes relatados na Bíblia, que estão envoltos, de alguma maneira, pelo número quarenta — como os 40 dias de chuvas intermináveis durante o dilúvio, os 40 anos em que o povo de Israel peregrinou pelo deserto, também 40 dias passados por Moisés no Monte Sinai e, acima de todos estes, os 40 dias em que Jesus recolheu-se para o deserto, movido pelo Espírito Santo, e que foi tentado pelo demônio a renunciar sua missão de salvar a humanidade do pecado.

As simbologias que representam estes dias de Quaresma também são vultosamente relevantes, como o próprio tempo escolhido para realizá-la, que funciona especificamente como uma preparação para a Páscoa, uma vez que esta festividade traduz um tempo de renovação devido à Ressurreição de Jesus Cristo após a cruz, exigindo muitas reflexões e mudanças de atitude. A Quarta-feira de Cinzas também carrega um significado específico, sendo este o dia em que se celebra o fim da mortalidade, ao mesmo tempo em que se recorda a fragilidade da vida humana. Inclusive, durante uma cerimônia na Igreja Católica, marca-se a testa dos fiéis com cinzas, a fim de dar início ao período de pensamentos sobre conversão, renascimento e mudança de vida. É daí, portanto, que vem o nome “Quarta-feira de cinzas”. Mais dois costumes que se destacam neste ciclo são o Jejum, que é a abstenção total ou parcial de comida, bebida, práticas ruins ou prazeres, como exercício religioso que almeja homenagear Jesus, se solidarizar àqueles que passam fome e se libertar daquilo que te possui, provando que se tem autocontrole sobre si mesmo; e o “velatio”, ato de cobrir as imagens, reflexos e objetos sacros com tecidos roxos. Neste período, as vestes dos padres também passam a ser roxas, cor esta que simboliza a tristeza e a dor vivida por Jesus.

Por fim, neste período litúrgico, três grandes linhas de ação são incentivadas e propostas para todos aqueles que desejam viver plenamente como filhos de Deus, sendo estas a oração, a penitência e a caridade, todas a fim de propagar os ensinamentos e desejos justos, amorosos e pacíficos que o enviado de Deus tem para com a nossa terra.



Escrita para o jornal da Associação Beneficente Comunidade de Amor Rainha da Paz, publicada na edição do 1° semestre de 2021.

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